she knows she's more than just a little misunderstood
she has trouble acting normal when she's nervous..."
Counting Crows
pra mim.
Eu não entendo. Sempre me pego pensando nessa frase, claro! Sobre não entender... Há dias em que me pego escrevendo longas cartas pra mim na tentativa de acabar com toda angústia. Minha consciência não resiste à ignorância: vou me debater, me convulsionar, sair do sério e só sossegar quando a compreensão me bater à porta.
Olho para o relógio e protelo a hora de sair do quarto, há momentos em que o mundo parece ter amanhecido do avesso, e detesto ficar de cabeça pra baixo! Não consigo enxergar além da bruma que os desejos impoem e sofro por antecipação: mesmo sem saber o motivo, mesmo sem saber de verdade. A cabeça gira e, junto com um copo d'água e duas aspirinas, o que se espera é poder engolir tudo de uma vez: noite, dia, sonho, realidade, ressaca, paixão, ele, eu, eles, o resto do mundo!
O dia amanheceu com uma pontada de dor na boca do estômago, saudades, vontades, sei lá! O dia prometeu ser claro no céu, e cinza aqui dentro. Não saber escurece tudo. O sol saiu do lado de lá e do lado de cá do muro estamos em Londres: frio, sombrio, deprimido e deprimente, com Britpop pra temperar. Preciso saber pra poder ser o Caribe...